11 junho 2009

Vou seguindo

Há seis meses atrás enterrávamos o corpo de papai.
Morreu de repente.
Meses de dúvidas aguardando o resultado do laudo de necropsia. Um laudo que ainda não li, talvez porque não mudará a situação, não preencherá ausência, não trará meu pai de volta.
No velório, entre meu irmão e o corpo sem vida, li Eclesiastes 3 na certeza de que a palavra lida é uma verdade incontestável. “Há tempo de nascer e tempo de morrer.”
Nestes últimos meses sofro de saudades. Nunca mais verei meu pai. Nunca mais sentirei seu cheiro, ganharei seu abraço, ouvirei sua voz, nem fugirei se suas cosquinhas.
Sinto por dentro uma dor que não tem remédio. E vou seguindo, lembrando os momentos que passamos juntos, as conversas que tivemos e as risadas que demos...
Penso no que gostaria de ter feito junto com ele. E no estranho arrependimento do que não fiz pra ele ou por ele. A foto que não entreguei, a toalha que não bordei, os netos que não gerei, as palavras que não disse...
Encontro refúgio nas lembranças, nas imagens registradas. E consolo ao pensar que, embora não o tenha visto brincar com meus filhos, presenciei sua alegria cada vez que curtia seu único neto, cada vez que rolavam no chão, lutavam com espada, brincavam com os personagens escolhidos e devidamente fantasiados: Mickey, Power Rangers, guarda de trânsito, cowboy... Momentos maravilhosos que ajudei a promover a cada viagem que fiz até sua casa e lhes proporcionei o encontro.
Não sei se a dor acaba. Talvez ela se acomode junto ao amor que guardo em meu peito.
Então vou seguindo certa de que, no próximo mês, meu inconsciente sinalizará novamente a data, a dor, o amor...
Vou seguindo...

03 março 2008

Palavras - Hull La Fuente

Palavras não pronunciadas,
Guardei-as todas num cofre,
E ali ficarão trancadas,
Porque assim ninguém sofre...

(Hull de La Fuente)

31 janeiro 2008

A voz da verdade

De todas as vozes que ouvimos, melhor é escolher ouvir e acreditar na voz da verdade e não ter mais medo.

Decidi ouvir a voz de Deus, a voz da verdade! A única voz que me diz a história como deve ser, a história real, diferente da que penso ou ouço por aí.

Eu creio que Deus é o Deus do Impossível, aquele que não desiste de nós. Aquele que nos criou e planejou cada dia nosso aqui na terra. Aquele que não deixa de contar cada fio de cabelo que cai de nossa cabeça e que recolhe cada lágrima derramada.

Nele encontramos coragem para prosseguir, mesmo quando tudo diz que não, quando as ondas parecem grandes demais para o nosso barco e quando as lutas são muito duras e já não temos mais forças para prosseguir.

Deus não desiste de nós! Ele tem planos melhores e maiores que os planos que fazemos. E seus planos não se frustram.

Eu creio que Deus não desistiu de mim e que sua mão me sustenta e me protege. Creio que Ele pode mudar minha história, minha sorte. Não me refiro a esta sorte que ouvimos no dia-a-dia, sorte dos dados, das cartas, do zerinho ou um, do par ou ímpar... E sim, a minha história afinal, minha vida foi planejada por Deus antes de eu nascer. Qualquer história de vida tem lutas e vitórias. A minha também as tem.

E hoje é tempo de milagres. E eu sei que vou vencer, pois a voz de Deus, a voz da verdade me diz para não ter medo! Para confiar nele e é isso que vou fazer. Crer e ver os milagres acontecerem, as situações mudarem, os gigantes caírem.

O clipe abaixo tem a música Voice of Truth e em seguida um trecho do filme Desafiando os Gigantes, que eu recomendo a todos. Depois vou postar um comentário sobre o filme e outro trecho dele. Vale à pena assistir!

Mais que isso, vale mais ainda crer que qualquer gigante se torna pequeno quando colocamos nossa fé em Deus e deixamos Ele agir no controle de nossas vidas.Quando deixamos Ele cuidar de nós e quando fazemos a nossa parte e deixamos Ele fazer a parte dele também.


20 janeiro 2008

Eu creio!



Um dia a gente tem e, de repente, perde.
Deixa de ter o que sonhava.
Alguns sonhos adormecem...
A gente perde a confiança, a energia, a coragem...
Mas é possível resgatá-los e crer que a realização pode acontecer.
Principalmente quando a gente deixa de acreditar nas próprias forças e inteligência e passa a crer que é impossível, mas Deus pode fazer.
Sim, Ele pode fazer!
Eu creio!

07 janeiro 2008

Destino

03 janeiro 2008

Use filtro solar



WEAR SUNSCREEN

Baz Luhrman

Se eu pudesse dar um conselho em relação ao futuro, eu diria:"usem filtro solar". Os usos em longo prazo do filtro solar, foram cientificamente provados. Os demais conselhos que dou baseiam-se unicamente em minha própria experiência.

Eu lhes darei esse conselho:

Desfrute do poder e da beleza da sua juventude. Oh, esqueça...

Você só vai compreender o poder e a beleza quando já tiverem desaparecido. Mas acredite em mim. Dentro de vinte anos você olhará suas fotos e compreenderá de um jeito que você não pode compreender agora quantas possibilidades se abriram para você e o quão fabuloso você era... Você não é tão gordo(a) quanto você imagina.

Não se preocupe com o futuro.
Ou se preocupe, mas saiba que se preocupar é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de álgebra mascando chiclete. É quase certo que os problemas que realmente têm importância em sua vida, são aqueles que nunca passaram pela sua mente, tipo aqueles que tomam conta da sua mente às 4 horas da tarde de uma terça-feira ociosa.

Todos os dias faça alguma coisa que te assuste.

Cante.

Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável.
Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação aos seus sentimentos.

Relaxe.

Não perca tempo com inveja. Às vezes você ganha, às vezes você perde. A corrida é longa, e no final, tem que contar só com você.

Lembre-se dos elogios que você recebe. Esqueça dos insultos.
(Se você conseguir fazer isso, me diga como...)

Guarde suas cartas de amor.
Jogue fora seus velhos extratos bancários.

Estique-se.

Não tenha sentimento de culpa por não saber o que você quer fazer da sua vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma idéia do que fariam na vida. Algumas das pessoas interessantes de 40 anos que eu conheço ainda não sabem.

Tome bastante cálcio.

Seja gentil com seus joelhos.
Você sentirá falta deles quando não funcionarem mais.

Talvez você se case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez você se divorcie aos 40.
Talvez você dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento.
O que você fizer, não se orgulhe, nem se critique demais.
Todas as suas escolhas tem 50% de chance de dar certo.
Como as escolhas de todos os demais.

Curta seu corpo da maneira que puder.
Use-o de todas as formas que puder.
Não tenha medo dele ou do que as outras pessoas pensam dele.
Ele é o maior instrumento que você possuirá.

Dance.
Mesmo que o único lugar que você tenha para dançar seja sua sala de estar.

Leia todas as indicações, mesmo que você não as siga.

Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se sentir feio.

Saiba entender seus pais.
Você não sabe a falta que você vai sentir deles quando eles forem embora pra valer.

Seja agradável com seus irmãos. Eles são seu melhor vínculo com o passado e aqueles que, no futuro, provavelmente nunca deixarão você na mão.

Entenda que os amigos vão e vem, mas que há um punhado deles, preciosos, que você tem que guardar com muito carinho.

Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos e os obstáculos da vida, porque quanto mais você envelhece, tanto mais precisa das pessoas que te conheceram quando você era jovem.

More em New York City uma vez.
Mas mude-se antes que ela te transforme em uma pessoa dura.

More no Norte da California uma vez.
Mas mude-se antes de tornar-se uma pessoa muito mole.

Viaje.

Aceite algumas verdades eternas:
Os preços vão subir,
os políticos são mulherengos e
você também vai envelhecer.
E quando você envelhecer, você fantasiará que quando você era jovem:
os preços eram razoáveis,
os políticos eram nobres e
as crianças respeitavam os mais velhos.

Respeite as pessoas mais velhas.

Não espere apoio de ninguém.
Talvez você tenha um fundo de garantia.
Talvez você tenha um cônjuge rico.
Mas você nunca sabe quando um ou outro pode desaparecer.

Não mexa muito em seu cabelo.
Senão, quando tiver quarenta anos, vai ficar com a aparência de oitenta e cinco.

Tenha cuidado com as pessoas que lhe dão conselhos.
Mas seja paciente com elas.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Dar conselho é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço muito maior do que realmente vale.

Mas acredite em mim, quando eu falo do filtro solar.


20 novembro 2007

Amém

18 novembro 2007

Casal em crise sexual

Vai, Horácio. Toma logo.
- Eu não tomo nada sem antes ler a bula. Cadê meus óculos?
- Pendurados no seu pescoço.
- Isso é ridículo, Maria Helena. Ridículo!!!
- Então, todos os homens da sua idade são ridículos. Porque todos estão tomando!
E não me puxa esse lençol, fazendo o favor. Olha aí o bololô que você me faz nas cobertas!
- A humanidade conseguiu crescer e se multiplicar durante milênios sem isso.
Nós dois crescemos e nos multiplicamos sem isso. Taí o Pedro Paulo, taí o Zé Augusto que não me deixam mentir. Fora aquele aborto que você fez.
- Horácio, eu não vou discutir isso com você agora. Toma logo esse negócio.
- Isso aqui faz mal pro coração, sabia? Um monte de gente já morreu tentando dar uma trepadinha farmacêutica.
- Foi por uma boa causa. E não faz mal coisa nenhuma. Só pra quem é cardíaco e toma remédio. Você não é cardíaco. Nem coração você tem mais.
- Não começa, Maria Helena, não começa.
- Pode ficar sossegado que você não vai morrer do coração por causa dessa
pilulinha. Eu vi num programa do GNT um velhinho de 92 anos que toma isso todo dia.
- Sério?
- Preciso de sexo, Horácio.
- Mas hoje é segunda, Maria Helena...
- Quero trepar!!! Foder!!! Ser comida por um macho de pau duro!!!
- Francamente, Maria Helena, que boca. Parece que saiu da zona.
- Quero ser penetrada, quero gozar.
- O sexo é uma ditadura, Maria Helena. A gente tá na idade de se livrar dela.
- Saudades da dita dura. Olha só, você me fez fazer um trocadilho de merda.
- Além do mais, Maria Helena, nós já tivemos um número mais do que
suficiente de relações sexuais na vida, por qualquer padrão de referência, nacional ou estrangeiro. A quantidade de esperma que eu já gastei nesses anos todos com você dava pra encher a piscina aqui do prédio.
- Com o esperma que você ordenhou manualmente, talvez. O que o senhor gastou comigo não daria nem pra encher o bidê aqui de casa. Um penico, talvez. Até a metade.
- Maria Helena...
- E faz quase um ano que não pinga uma gota lá dentro!
- Sossega o facho, mulher. Vai fazer ioga, tai chi chuan. Já ouviu falar em feng shui, bonsai, shiatsu ? Arranja um cachorro. Quer um cachorro ? Um salsichinha?
- Quero um salsichão, Horácio. Olha aí: outra piadinha infame.
- É porque você está com idéia fixa nessa porcaria.
- Que porcaria?
- O sexo, Maria Helena, o sexo.
- Sabe o que mais que deu naquele programa sobre sexo, Horácio?
- Não estou interessado.
- Deu que as mulheres com vida sexual ativa têm muito menos chance de ter câncer. É científico.
- Come brócolis que é a mesma coisa, Maria Helena. Protege contra tudo que é câncer. Também é científico, sabia? E puxado no azeite, com alho, fica uma delícia.
- A que ponto chegamos, Horácio. Eu falando de sexo e você me vem com brócolis puxado no azeite!
- Com alho.
- Faça-me o favor, Horácio.
- Maria Helena, escuta aqui, você já tem 50 anos, minha filha, dois filhos adultos, já tirou um ovário, já...
- Não fiz 50 ainda. Não vem não. E o que é que filho e ovário têm a ver com sexo?
- Maria Helena, me escuta. Depois de uma certa idade as mulheres não precisam mais de sexo.
- Ah, não? Quem decidiu isso?
- Sexo nessa idade é pras imaturas. Pras deslumbradas, pras iludidas que não sabem envelhecer com dignidade.
- Prefiro envelhecer com orgasmos.
- O que é que o Freud não diria de você, Maria Helena.
- E de você, então, Horácio? No mínimo, que você virou gay depois de velho.Boiola.
- Maria Helena! Faça-me o favor. Eu tenho que ouvir isso na minha própria casa, na minha própria cama,diante da minha própria televisão?
- Aliás, gay gosta de trepar. É o que eles mais gostam de fazer. Você virou outra coisa, sei lá o quê. Um pingüim de geladeira, talvez.
- Maria Helena, dá um tempo, tá? Tenho mais o que fazer.
- Fazer? Essa é boa. O que é que um funcionário público aposentado com salário integral tem pra fazer na vida, posso saber?
- Sem comentários, Maria Helena, sem comentários.
- Tá bom, sem comentários. Bota os óculos e lê duma vez essa bendita bula.
- Só que precisa de dois óculos pra ler isso. Olha só o tamanhico da letra.Se é um negócio pra velho, deviam botar uma letra bem grande. Pelo menos isso.
- Vira o foco do abajur para cá... assim... melhorou?
- Abaixa essa televisão também. Não consigo me concentrar ouvindo
novela.Mais.Mais um pouco.
- Pronto, patrãozinho. Sem som. Vai, lê duma vez.
- O princípio ativo do medicamento é o citrato de sildenafil.
- Sei.
- Veículos excipientes: celulose microcristalina...
- Celulose vem da madeira. Pau, portanto. Bom sinal.
- Onde foi parar a sua pouca educação, Maria Helena?
- Vai lendo, Horácio. Depois conversamos sobre a minha pouca educação..
- Cros... camelose sádica. Croscamelose. Castrepa, Maria Helena. Me recuso a tomar um troço com esse nome. Deve ser alguma secreção de camelo. Se não for coisa pior.
- Não é camelose. Num tá vendo aí? É caRmelose. Deve ser algum adoçante artificial. Pro seu pau ficar doce, meu bem.
- Putz. Só rindo mesmo. A menopausa acabou com a sua lucidez, Maria Helena.
- Troco toda a lucidez do mundo por um pau tinindo de tesão por mim.
- Absurdo, absurdo.
- Que mais, que mais, Horácio?
- Dióxido de titânio.
- Ah, titânio. Pro negócio ficar bem duro.
- índigo carmim...
- índigo? Deve ser o que dá o azul da pilulinha.
- Será que esse negócio não vai deixar o meu pau azul, Maria Helena?
- E daí, se deixar? Você não sai por aí exibindo o seu pênis, que eu saiba. Ou sai?
- Mas, e se eu for a um mictório público? o que é que o cara ao lado não vai pensar do meu pinto azul?
- Diz que você é um alienígena, ora bolas. Que o seu corpo está pouco a pouco se adaptando à Terra, que ainda faltam alguns detalhes. Ou explica que você é um nobre, de sangue e pinto azul. Ou não diz nada, ora bolas. Acaba de mijar, guarda o pinto azul e vai embora, pô.
- Escuta. Agora vem a parte que explica como esse petardo funciona.
- Isso. Quero ver esse petardo funcionando direitinho.
- Presta atenção. "O óxido nítrico, responsável pela ereção do pênis,ativa a enzima guanilato ciclase, que, por sua vez, induz um aumento dos níveis de monofosfato de guanosina cíclico, produzindo um relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos do pênis e permitindo assim o influxo de sangue:Cacete.
Corpos cavernosos. Já pensou, Maria Helena? Corpos cavernosos sendo inundados de sangue? Puro Zé do Caixão.
- Corpo cavernoso só pode ser herança do homem das cavernas. Vocês homens evoluem muito lentamente.
- Pára de viajar, Maria Helena. Parece que fumou maconha.
- Não era má idéia. Pra relaxar. Vou roubar do Pedro Paulo. Eu sei onde ele esconde. Podíamos fumar juntos.
- Eu já tô relaxado. Tô até com sono, pra falar a verdade.
- Lê, lê, lê, lê aí. Você já dormiu tudo a que tinha direito nessa vida.
- Vou ler. "Todavia, o sildenafil não exerce um efeito relaxante
diretamente sobre os corpos cavernosos..:'
- Não?
- Não, Maria Helena. Ele apenas "aumenta o efeito relaxante do óxido nítrico através da inibição da fosfodiesterase-5, a qual" - veja bem, Maria Helena,veja bem - "a qual é a responsável, pela degradação do monofosfato de guanosina cíclico no corpo cavernoso?". Ouviu isso? Degradação, Maria Helena. Dentro dos meus próprios corpos cavernosos.Degradante..
- Degradante é pau mole.
- Olha o nível, Maria Helena! Olha o nível!! Vamos ver os efeitos
colaterais.Olha lá: dor de cabeça. Você sabe muito bem que se tem uma coisa que eu não suporto na vida é dor de cabeça.
- Na cultura judaico-cristã é assim mesmo, Horácio. Pra cabeça de baixo gozar, a de cima tem que padecer.
- Não me venha com essa sua erudição de internet, Maria Helena. Estamos off-line.
- Deixa de ser criança, Horácio. Se der dor de cabeça você toma um Tylenol, reza uma ave-maria, canta o "Hava Naguila' que passa.
- Outro efeito colateral: rubor. Rá, rá. Vou ficar com cara de quê, Maria Helena? De camarão no espeto?
- Se for camarão com espeto, tá ótimo. Que mais, que mais?
- Enjôos. Ó céus! Enjôos...
- Você sempre foi um tipo enjoado, Horácio. Ninguém vai notar a diferença.
- Vamos ver o que mais... hum... dispepsia. Que lindo. Vou trepar arrotando na sua cara.
- Você me come por trás. Arrota na minha nuca.
- É brincadeira... É essa a sua idéia de amor, Maria Helena?
- Isso não tem nada a ver com amor, Horácio. Já disse: é profilaxia contra o câncer. E arrotar, você já arrota mesmo o dia inteiro, sem a menor cerimônia.Na mesa, na sala, em qualquer lugar.
- Como se você não arrotasse, Maria Helena.
- Mas não fico trombeteando os meus arrotos. Isso é coisa de machão broxa.
Em vez de trepar com a esposa, fica arrotando alto pra se sentir o cara do pedaço.
- Como você é simplória, Maria Helena, como você é... menor. Desculpe, mas acho que o seu cérebro anda encolhendo, sabia? Ou mofando. Ou as duas coisas.
- Vai, Horácio, chega de conversa mole. E de pau idem. Pula os efeitos colaterais.
- Como, "pula os efeitos colaterais"? É porque não é você quem vai tomar essa meleca, né? Vou ler até o fim. Os efeitos colaterais são a parte mais importante. Olha lá: gases. Que é que tá rindo aí?
- Do efeito cu-lateral. Desculpa. Esse foi de propósito. Não agüentei..
- Admiro seu humor refinado, Maria Helena. Torna você uma mulher tão mais sedutora, sabia?
- Obrigada, Horácio.'Agora, quanto aos seus gases, pode relaxar o
esfíncter, meu filho. Numa boa. Tô tão acostumada que até sinto falta quando estou sozinha.
Sério. Fico pensando: Ah, se o Horácio estivesse aqui agora pra soltar uma bufa de feijoada com cerveja na minha cara...
- Maria Helena, qualquer dia você vai ganhar o Oscar da vulgaridade universal.
- Vou dedicar a você.
- Vamos ver que mais temos aqui em matéria de efeitos colaterais. Ah! Congestão nasal. Que gracinha. Vou ficar fanho, que nem o Donald. Qüém,qüém. Qüém.
- Um pateta com voz de pato. Perfeito.
- Ridículo. Absurdo. Idiota.
- Ridículo você já é, Horácio. E quem não é? Além do mais, é só calar a boca que você não fica fanho.
- Ah, tá. E se eu quiser falar alguma coisa na hora?
- Você não diz nada de interessante há mais de dez anos, Horácio. Vai dizer justo na hora de trepar?
- Eu não nasci para dizer coisas interessantes a você, Maria Helena.
- Já percebi.
- Hum. Ouve só; diarréia!
- Quê?
- É outro efeito colateral dessa bomba aqui. Fala sério, Maria Helena.Isto aqui é um veneno. Não sei como eles vendem sem receita.
- Deixa de ser pueril, Horácio. Magina se alguém vai ter todos os efeitos colaterais ao mesmo tempo. No máximo um ou dois.
- A caganeira e os arrotos, por exemplo? Ou a ânsia de vômito e os gases?
- Faz um cocozinho antes. Pra esvaziar! Agora, Horácio. Eu espero.
- Eu não estou com vontade de fazer cocozinho nenhum, Maria Helena. Faça-me o favor. E olha aqui, mais um efeito colateral: visão turva.
- Você bota os seus óculos de leitura. E que tanto você quer ver que já não viu?
- Maria Helena, você não entendeu? Essa droga perturba seriamente a visão.Vou ficar cego por sei lá quantas horas, quantos dias. E tudo por causa de uma reles trepadinha? E se a minha visão não voltar? Vou andar de bengala branca pro resto da vida?
- Pode deixar que eu guio a sua bengala, Horácio. Olha, pensa no lado bom da cegueira: você vai poder me imaginar 20 anos mais moça. Trinta, se quiser.
- Maria Helena, desisto. Não vou tomar essa porcaria e tá acabado.
- Dá aqui essa cartela, Horácio. Abre a boca. Pronto. Engole. Olha a água aqui.Isso. Que foi? Engasgou, amor?! Tosse pra lá,ô! Me borrifou toda! Que nojo! Quer que bata nas suas costas? Ai, meu Deus! Horácio? Você está bem ? Respira fundo! Isso, isso... E aí,
amor? Melhorou? Morrer afogado num copo d'água ia ser idiota demais, até prum cara como você.
- Arrr! E com essa pílula monstruosa entalada na garganta, ainda por cima!Ufff!Me dá mais água
- Quanto tempo isso aí demora pra bater?
- Isso aí o quê?
- A pílula, Horácio, a pílula.
- E eu sei lá?
- Vê na bula, Horácio.
- Hum... tá aqui: 30 minutos.
- Ótimo. Dá tempo de ver o fim da minha novela.

13 novembro 2007

Classificados

11 novembro 2007

A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento

No curso de medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! Responde o aluno.
- Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que se comprazem em tripudiar sobre os erros dos alunos.
- Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala - ordena o professor a seu auxiliar.
- E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.

O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.
O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o "Barão de Itararé".
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
O senhor me perguntou quantos rins "nós temos". "Nós" temos quatro: dois meus e dois teus. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

"A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento"

06 novembro 2007

Em busca do príncipe... (Hull de La Fuente)

Todas as mulheres esperam o homem de sua vida, porém, enquanto esperam elas se casam.


(Tio Pepe, o anarquista)

29 outubro 2007

Amizade - clique na imagem e veja todo o texto

13 outubro 2007

A hora e a vez



A hora e a vez

Vê quantas voltas
Tem que dar o amor
Fica com medo
De querer chegar

Paga a promessa
Que não fez
Diz a verdade
Ao mentir

E não tem volta não
Volta não

Olha no espelho
E só vê o amor
Agora sabe
Que perdeu a paz

Jogou o laço
E se prendeu
O inesperado
Aconteceu

A vez da caça
E a hora
Do caçador

Vê quantas voltas
Tem que dar o amor
Fica com medo
De querer chegar

Paga a promessa
Que não fez
Diz a verdade
Ao mentir

E não tem volta não
Volta não

Eu não sabia
Que era prá valer
Até um dia
Encontrar você

A gente sabe
Que o amor não tem juízo
Mas brinca com feitiço
E quando se vê...

Vai ser você
Dona do meu coração

Vai ser você
Dona do meu coração

Vai ser você...

(Composição: Zé Renato - Claudio Nucci - Ronaldo Bastos)

Reverência ao destino

Reverência ao destino

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por atitudes e gestos o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.

Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.

Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.

Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.

Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer ” oi " ou ” como vai ? "

Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.

Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.

Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.

Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.

Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.

Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.

Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.

Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.

Difícil é entender que somente uma vai te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.

Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.

Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

(Carlos Drummond de Andrade)


26 setembro 2007

Então...


Não tenho vícios, mas entendo o que é respeito.
Então...

18 setembro 2007

Flor da Pele


Ando tão à flor da pele,
Qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele,
Que teu olhar "flor na janela" me faz morrer
Ando tão à flor da pele,
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele,
Que a minha pele tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras suicido

Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que não acredito mais em você
Eu
não preciso de muito dinheiro
Graças a Deus
Mas vou tomar aquele velho navio
Aquele velho navio

(Zeca Baleiro)

Há momentos em que fazer uso das palavras de outros, ou da música de outros é suficiente para esclarecer o que acontece.

Ainda bem que os ponteiros do relógio já andaram e hoje é um novo dia.

Aliás, hoje é o dia!

De comemorar!

De dar continuidade ao que nasceu há tempos atrás...

De começar um novo tempo...

De abrir espaço para o que está para chegar...

De seguir em frente, sem desistir.

Perseverar!

Enxergar o invisível!

E crer!


09 setembro 2007

Ouvir a voz que vem do coração

23 agosto 2007

Vitoriosa


Eu amo música, e isso todo mundo sabe... E, eu também passo a maior parte do tempo, que posso, ouvindo música. Hoje resolvi postar uma música que me identifico muito. Uma das músicas que me descreve. Segue:

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa...

Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza...

Quero toda sua boca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Que a vida pode ser maravilhosa...

Quero toda sua boca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Que a vida pode ser maravilhosa...

(Vitoriosa - Ivan Lins)


15 agosto 2007

Momento atual

29 julho 2007

O que importa?


Hoje eu vou mudar
Vasculhar minhas gavetas
Jogar fora sentimentos e
Ressentimentos tolos
Fazer limpeza no armário
Retirar traças e teias
E angustias da minha mente
Parar de sofrer
Por coisas tão pequeninas
Deixar de ser menina...
Pra ser mulher

Hoje eu vou mudar
Por na balança a coragem
Me entregar no que acredito
Pra ser o que sou sem medo
Dançar e cantar por habito
E não ter cantos escuros
Pra guardar os meus segredos
Parar de dizer
"não tenho tempo pra vida"
Que grita dentro de mim...
Me libertar

Hoje eu vou mudar
Sair de dentro de mim
Não usar somente o coração
Parar de contar os fracassos
Soltar os laços
E prender as amarras da razão
Voar livre
Com todos os meus defeitos
Pra que eu possa libertar os meus direitos
E não cobrar dessa vida
Nem rumos e nem decisões

Hoje eu preciso e vou mudar
Dividir no tempo e
Somar no vento
Todas as coisas que um dia sonhei conquistar
Porque sou mulher como qualquer uma
Com dúvidas e soluções
Com erros e acertos
Amores e desamores
Suave como a gaivota
E ferina como a leoa
Tranquila e pacificadora
Mas ao mesmo tempo
Irreverente e revolucionária
Feliz e infeliz
Realista e sonhadora
Submissa por condição
Mas independente por opinião
Porque sou mulher
Com todas as incoerências
Que fazem de nós...
O forte sexo fraco.

(Mudanças - Vanusa e Sérgio Sá)

Não importa quanto tempo leve para que as coisas aconteçam.
Não importa a opinião formada daqueles que julgam nos conhecer profundamente.
Não importa se entre todos os fatores a gente encontrar alegria, dor, saudade, sofrimento, medo, angústia, determinação, coragem...
O que importa é dar o passo.
O que importa é a atitude.

22 julho 2007

Para pensar

"Se conhecermos o inimigo e a nós mesmos,
não precisamos temer
o resultado de um centena de combates.

Se nos conhecemos, mas não ao inimigo,
para cada vitória sofreremos uma derrota.

Se não nos conhecemos nem ao inimigo,
sucumbiremos em todas as batalhas."

(Sun Tzu)

30 junho 2007

Momento relax


Meu momento de alongamento, entre uma leitura e outra...
Nada melhor que relaxar com pés e pernas aquecidos, né?

Marcas


Há pessoas que nos falam e nem as escutamos; há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam. Mas há pessoas que, simplesmente, aparecem em nossa vida e que marcam para sempre...
(Cecília Meireles)

Como não lembrar das marcas deixadas por estas pessoas?
Como não pensar no efeito que estas marcas nos trazem? No que nos transformam, no que nos paralizam, no que nos impulsionam...
Como?

21 junho 2007

Para dar e vender

Dentre tantas coisas que eu gosto de fazer uma delas e dar presentes aos amigos e agora entrei numa fase de dar algo feito por mim.

È muito gostoso o tempo de preparação para fazer o presente e também é muito gostoso ver a alegria da pessoa quando recebe.

Até hoje me recordo dos olhos da Renata cheios de lágrimas quando viu a caixa que eu fiz pro Henrique no aniversário dele de um ano. Logo que for possível vou postar uma foto daquela caixa aqui.

Hoje vou postar 3 caixas que fiz. A azul eu fiz pra Renata, a verde listrada eu fiz pra Ale e a verde e salmão com sapinhos eu fiz pra minha cunhada que gosta de sapos. Coach... Coach...

Ficaram lindas, né?

Aceito encomendas também.

É só entrar em contato que eu tomo as providências.

Afinal, estes mimos são para dar e vender.





































16 junho 2007

Jamais...

Recebi este texto do meu amigo Carlos. Caramba! Gostei tanto do texto que resolvi postar aqui.

Jamais permita que algum homem a escravize. Você nasceu livre para amar, e não para ser escrava.
Jamais permita que o seu coração sofra em nome do amor. Amar é um ato de felicidade, por que sofrer?
Jamais permita que seus olhos derramem por alguém que nunca fará você sorrir.
Jamais permita que o uso de seu próprio corpo seja cerceado. Saiba que o corpo é a moradia do espírito - por que mantê-lo aprisionado?
Jamais se permita ficar horas esperando por alguém que nunca virá mesmo tendo prometido.
Jamais permita que o seu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome você sequer sabe.
Jamais permita que o seu tempo seja desperdiçado com alguém que nunca terá tempo para você.
Jamais permita ouvir gritos em seus ouvidos. O Amor é o único que pode falar mais alto.
Jamais permita que paixões desenfreadas transportem você de um mundo real para outro que nunca existiu.
Jamais permita que outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-os virar um grande pesadelo.
Jamais acredite que alguém possa voltar quando nunca esteve presente.
Jamais permita que seu útero gere um filho que nunca terá um pai.
Jamais permita viver na dependência de um homem como se você tivesse nascido inválida.
Jamais se ponha linda e maravilhosa a fim de esperar por um homem que não tenha olhos para admirá-la.
Jamais permita que seus pés caminhem em direção a um homem que só vive fugindo de você.
Jamais permita que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar o brilho dos seus olhos a dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de você.
E, sobretudo, jamais permita que você mesma perca a dignidade de ser MULHER.

(Nelson Araújo)

E agora?


Edição de Lenise Resende para

Beleza familiar

Erô, Cacau e Hull
Beleza, carisma, diligência, bom humor...

Características de família.

Noite fria

Noite fria e lá estavam eles deitados para assistir um filme. Pedro envolveu o corpo de Tatiana e a abraçou permanecendo encaixado sob o edredom que os aquecia. As taças de vinho estavam próximas a eles e o aroma das uvas, morangos, mangas e kiwis se misturavam com o chocolate do fondue preparado por Pedro para mimar aquela que em plena tarde de outono o fez sentir dentro de si rojões coloridos.

Mais envolvente que o cheiro das frutas e da bebida era o cheiro que permanecia na memória de Tatiana e insuflava sua mente com a lembrança do momento em que ela e Pedro se possuíram dentro do furgão que ele usava para transportar seu equipamento de paisagismo. Ela fechou os olhos e recordou a imagem do corpo suado e brilhante daquele homem com quem ela sentiu veemente satisfação.

Por alguns instantes ela refletiu sobre as pulsantes e proibidas horas que passaram juntos após a inusitada atitude que teve ao chegar ao endereço em que ele estava trabalhando sozinho, pois havia dispensado a equipe por causa do feriado. Quando ela chegou ficou observando ele podar algumas plantas ornamentais e depois preparar o transplante de uma bela Cycas Revoluta para um local aonde se desenvolveria com mais “elegância”, palavra usada por Tatiana antes de beijar Pedro e poupa-la de explicações botânicas e paisagísticas, escancarando o abrasador desejo dos dois.

Ali, enlaçada pelos braços e pernas de Pedro, intensas palavras lhe diziam que a realização daquela quimera lúbrica trazia a confirmação de que o que exalava daquele homem, desde o instante em que se conheceram, era puro bálsamo de feromônio humano capaz de proporcionar cálidas experiências de intenso prazer.

Quando o Amor Vacila

Ouvi a Maria Bethania declamando este texto e achei interessante.
E pergunto: Quantos ou quantas têm esta coragem? Poucos? Todos? Ninguém?

Quando o Amor Vacila

(Autor Desconhecido)

Eu sei que atrás deste universo de aparências, das diferenças todas, a esperança é preservada.

Nas xícaras sujas de ontem o café de cada manhã é servido.

Mas existe uma palavra que não suporto ouvir, e dela não me conformo.

Eu acredito em tudo, mas eu quero você agora.

Eu te amo pelas tuas faltas, pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes, pelas tuas loucuras todas, minha vida.

Eu amo as tuas mãos, mesmo que por causa delas eu não saiba o que fazer das minhas.

Amo teu jogo triste.

As tuas roupas sujas é aqui em casa que eu lavo.

Eu amo a tua alegria.

Mesmo fora de si, eu te amo pela tua essência.

Até pelo que você poderia ter sido, se a maré das circunstâncias não tivesse te banhado nas águas do equívoco.

Eu te amo nas horas infernais e na vida sem tempo, quando, sozinha, bordo mais uma toalha de fim de semana.

Eu te amo pelas crianças e futuras rugas.

Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas e pelos teus sonhos inúteis.

Amo teu sistema de vida e morte.

Eu te amo pelo que se repete e que nunca é igual.

Eu te amo pelas tuas entradas, saídas e bandeiras.

Eu te amo desde os teus pés até o que te escapa.

Eu te amo de alma para alma.


E mais que as palavras, ainda que seja através delas que eu me defenda,
quando digo que te amo mais que o silêncio dos momentos difíceis, quando o próprio amor vacila.

28 maio 2007

Sábia explicação

27 maio 2007

O que dói mais?


Estive pensando por estes dias no que dói mais: ouvir não, dizer não ou ficar sem nenhum deles?

Por mais estranho que pareça, nem sempre é fácil chegar a uma conclusão rápida. Há muito que se pensar...

Ouvir um não pode partir a alma, retalhar o coração e destruir a esperança. Pode, inclusive, acabar com um sonho.


Dizer um não, nem sempre é confortável. Pode parecer até injusto, mesmo que necessário.

Contudo a ausência do não pode ser frustrante, pois transtorna a expectativa criada.

Em quantos momentos de nossas vidas temos que lidar com o não? Acredito que desde a concepção.

Palavra simples, de dimensão tão grande, é capaz de expressar recusa e negação. Confesso que pode também expressar descaso, falta de interesse ou amor. Quantas interpretações são possíveis encontrar nas situações em que tal palavra é usada, ou não!

Mesmo que ela apareça para disfarçar a tristeza, para gerar limite ou para encerrar uma conversa ou uma história.

Esta palavra pode mesmo ser cruel. Ou cruel é quem dela faz uso em momento impróprio? Ou se nega a usá-la em momento apropriado?

Seja lá o que for, percebo que importa que possamos aprender a conviver com o não. Afinal de contas ele faz parte do nosso vocabulário. É um advérbio importante para a comunicação.

Não sei se todo mundo está disposto a aprender a lidar com o não. Falo por mim e sei que há muito convivo com ele. E também com a falta dele. Em casa, no trabalho, nas amizades, na saúde, nos relacionamentos. Em alguns casos mais parece indiferença frustrante que dor dilacerante. Em outros momentos dói como ferida exposta. Ainda bem que há os momentos em que nada significa.

Sabe? Seria melhor dizer logo um belo ou feio não. Você escolhe a roupagem.

Assim me pouparia a espera.

Diante disso, resolvi seguir em frente. Não sei qual experiência que Willian Shakespeare teve até escrever tais coisas, mas eu concordo com ele:

Um dia você aprende...

... que companhia nem sempre significa segurança.

E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso.

...

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

...

E você aprende que realmente pode suportar... Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

...

Se quiser ler o texto inteiro, já foi postado aqui, em 13/11/06.

22 maio 2007

Mosaico

Outro dia ouvi a metáfora: “Você é como um mosaico”.

E um mosaico é um embutido de pequenas pedras ou de outras peças formando determinado desenho.

Realmente, não há como negar que assim sou eu. Formada de tão bela maneira, composta de partes, preenchida com pedaços, momentos, histórias.

Porém única.

Sem igual.

Ímpar.

28 fevereiro 2007

Eu fiz bico

Esta semana encontrei um amigo que trabalha no Banco do Brasil.

Durante o papo casual eu reclamei com ele que não havia encontrado o Meu Banco.

Humph, que coisa feia! Eu sou correntista há anos, ora bolas, eu também mereço uma homenagem.

Para minha surpresa, ontem recebi uma mensagem deste amigo, falando o seguinte:

“Já que você fez bico, eu mandei montar uma agência pra você...”

Achei o máximo! Quanta gentileza!

Pronto, aqui esta o Meu Banco além de mais uma descoberta, fazer bico de vez em quando traz a possibilidade de receber alguns agrados.

KKKKKKKKKK

Imagine se eu usar o bico com uma dose de charme?!

Heheheh

Isso me deu uma boa idéia...

24 fevereiro 2007

Isso é verdade!

21 fevereiro 2007

Tanto riso, oh quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão...

Lembrando da minha última viagem aos cafundós do mundo, numa cidade perdida
por este Brasil, eu e uma amiga fomos parar no melhor bar da cidade. Ressalta-se
que era um dos mais bem freqüentados do lugar. Um verdadeiro show... De horror!!!
Tudo bem, é importante frisar que havia sim um mulherão no bar, uma loira de mais
ou menos 1,80 de altura, com pernas grossas, cabelos grandes, bem tratados,
sem “chapinha” e um sorriso muito bonito, porém, o restante – valei-me! Cada uma
que levantava da mesa era de assustar. Os homens também não eram lá essas coisas,
sabe jogo de quebra-cabeças? Alguns ali estavam montados com as peças erradas,
bem no estilo cabeça que não combina com o corpo, braços malhados que não
combinam com as pernas finas, espécies assim.
Pra não dizer que era mentira, perguntem pra minha amiga. Tudo bem que ela
estava vendo tudo em dobro e rodando, mas ela jurava que não era de “cachaça”.
Eu confesso que não pedi pra ela jurar de pés juntos, pois sabia que ela não iria
conseguir equilibrar seu labirinto.
Enquanto estávamos ali descobrimos várias coisas, dentre elas que você pode ir ao baile do bloco de rua, usando um abadá cheio de propaganda das oficinas da cidade sobre o seu macacãozinho de malha enrolado na cintura, ou melhor, no quadril, afinal de contas deixar a barriga disforme à mostra não é falta de bom senso e sim excesso de coragem!

Outra coisa que descobrimos é que aquela velha calça jeans strech, que fica agarrada ao corpo bem no estilo calça da Gang, pode ser cortada e transformada em uma bermuda para ser usada com uma mini-blusa do mesmo material, enfeitada com brocados de strass e fivelas prateadas nas alças. Pra completar o modelito, pode usar um par de sandálias altas com tiras de elástico vermelho maravilha e ainda uma correntinha dourada com pingentes no tornozelo. Ora, tudo pode e é permitido, afinal é carnaval, é carnaval, é carnaval...

Naquele sábado, no bar, havia uma banda tocando músicas de estilo diverso ao feriado – Skank, J. Quest, U2, Cidade Negra, Bee Gees, Rita Lee, Titãs, Capital Inicial, Beatles, Paralamas... Ainda bem que não tocaram nenhuma marchinha carnavalesca! Concluímos que o repertório da banda estava muito bem selecionado.

É lógico que minha amiga tonta encontrou um amigo letrado, ou seria “formulático” (sim, estou misturando fórmulas com lunático, pois temos que ressaltar que o rapaz é formado em Física, pós-graduado em Física, Mestre em Física, Doutor em Física e PHD em Física). Ele sentou conosco e ficamos conversando sobre vários assuntos. Até que ele me perguntou se eu estava gostando do local. Eu respondi que sim e que estava me divertindo, principalmente, porque o ambiente era propício para eu postar alguma coisa no blog. No início ele resistiu mas, quando eu disse que tudo o que ele já havia falado eu já havia captado, logo ele falou: “Então tá! Pode colocar que encontrou o Viper”. Coitado, não sabe pra quem estava falando... Hehehe... Já está aqui, baby!

Pois é... Pra causar inveja às mocinhas e mocinhos do bar, alguns dos rapazes da banda vieram sentar na nossa mesa. Comoção geral! Um deles, suado como pote que sai da geladeira e fica exposto, nos cumprimentou e foi trocar de blusa. Ao retornar sentou-se ao meu lado e ficamos papeando. Na hora de voltar ao palco me deu um beijo no rosto e disse que no próximo intervalo voltaria pra lá. Imagine os olhares das moçoilas que estavam na mesa ao lado, rs...

Continuamos conversando e rindo muito - eu, minha amiga e o Viper que resolveu defender a tese de que o verdadeiro corno é aquele que depois de levar um chifre da mulher ainda aceita ficar com ela. Levar chifre é normal, agora levar e continuar com a mulher, ah, esse merece é mais. Agora entendi porque falam aquele ditado que ‘todo castigo pra corno é pouco’, falam isso porque o corno merece!

De repente a banda tocou “Ursinho de dormir” do Armandinho e quem estava cantando era o baixista da banda que, na parte ”Eu hei de conquistar / Teu coração durão demais / Que não quis pagar pra ver / Nem dá o braço a torcer” apontou e riu pro Viper. KKKKKKKKKKK “Coração durão” desta vez eu e minha amiga rimos até doer nossas bochechas.

Em meio a tanta gente normal e conversas normais, gente bizarra e conversas bizarras a gente se divertiu pra valer. Foram horas em que nos esquecemos dos problemas da semana, da crise de labirintite, da batida do carro e de vários outros incômodos. Sendo carnaval e longe do arlequim, da colombina e do pierrot até que era propício cantarolar o trecho: “Tanto riso, oh quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão...”.